quarta-feira, 28 de agosto de 2013

SOBRE GATOS

Gatos escondem seus sentimentos como mecanismo de defesa e estudos comprovam que ao ouvir a voz dos donos, gatos sentem fortes emoções.
Por Mariana Bartolomei  |  26 Aug 2013

Diferentemente de cachorros, gatos não conseguem demonstrar as suas emoções com expressões faciais.  Ainda mais, a linguagem corporal deles não revela os seus sentimentos da mesma forma que a linguagem corporal do cachorro revela.  Por esses motivos, gatos as vezes são conhecidos como animais que não se importam com os donos .
A verdade é que, apesar de suas demonstrações físicas de amor em relação a seus donos serem mais tímidas e sutis do que as dos cães, alguns sinais apontam que o gato é absolutamente apaixonado pelo dono e fica muito feliz ao vê-lo chegar em casa.  Um estudo conduzido pela Universidade de Tokyo mostra que gatos podem ignorar o dono e até não obedecer comandos, mas eles reconhecem o dono e entendem o que está sendo pedido deles.

Como o comportamento do gato muda quando ele está perto do dono?

Um gato adulto age como um filhote quando está perto do dono.  Ele pede colo, vira de barriga para cima, mia, ronrona, dá mordidinhas de amor e, assim, demonstra carinho.  Isso ocorre somente quando ele está com o dono ou alguém querido, e não com uma pessoa qualquer.
De acordo com a co-autora do estudo Kazutaka Shnizuka “estudos anteriores mostram que gatos evoluíram para se comportarem como filhotes (perto de seus donos) e os humanos tratam os gatos de um jeito similar que tratam bebês.  Para formar tais relacionamentos de pai-filho, o reconhecimento de quem é o dono deve ser importante para o gato.”

Por que gatos não demostram carinho da mesma forma que outros animais?

Gatos não conseguem fisicamente reagir mais amorosamente (em termos de linguagem corporal) por conta de seus instintos.  Na selva, essas demonstrações podem ser vistas como um sinal de vulnerabilidade e assim, atrair predadores.  Então, mesmo em casos em que o gato está doente, ele não demonstrará a sua dor fisicamente.

Como gatos demostram carinho pelos seus donos?

O estudo foi feito dentro das residências dos gatos e tocava sons da voz dos donos dos gatos e de pessoas estranhas.  Quando os gatos escutavam a voz de seus donos, eles mexiam as orelhas e a cabeça na direção da voz.  Ainda mais, as pupilas dos gatos dilatavam, o que em alguns estudos já foi comprovado ser uma reação positiva à estímulos emocionais.  Além de seus donos, os gatos também reagiam positivamente em alguns casos quando já haviam se habituado com a voz de um estranho.
Os gatos reconhecem a voz de seus donos e conseguem distinguir a voz de seus donos no meio de outras vozes.  Isso comprova

que, mesmo quando eles parecem estar te ignorando, eles estão prestando a atenção e sabem que você está falando com eles.
O estudo revela ainda que os gatos domésticos têm a capacidade de se comunicar com os humanos.  Mesmo pessoas que não convivem com gatos diariamente entendem e conseguem interpretar o que os diversos sons do gato significam.
Por fim, eles tem um amor profundo por seus donos, mas demonstram esse amor e carinho de uma forma totalmente diferente das de outros animais. Essa diferença de comportamento com certeza contribuiu para criar um grande mito de que os gatos não estão nem aí para seus donos, enquanto na verdade eles apenas dizem “te amo” de um jeito diferente.

Entenda o miado do gato e como miados diferentes transmitem mensagens diferentes.
Por Equipe Linkanimal  |  15 Oct 2012

O que é o miado de gato?

O miado do gato, que inicia quando o gato ainda é filhote, serve como uma forma de comunicação.  Da mesma forma que usamos nossa voz para nos expressar, os gatos usam seus miados para se comunicarem conosco e com outros animais ao longo da sua vida.  De forma geral, o gato mia para chamar a sua atenção e comunicar algo que está ele está sentindo.

Significado do miado do gato

Apesar de muitas vezes ser difícil identificar as razões porque o seu gatinho está miando e saber o que cada miado significa, é possível identificar alguns tipos de miados. 
Primeiramente, é importante entender as características do seu gato. Como pessoas, alguns gatos são bastante comunicativos e estão sempre miando e, enquanto outros são mais reservados e só miam quando têm algo importante a dizer. Um gato quieto que começa a miar muito ou um gato que costuma miar com frequência e do nada pára de miar pode estar te comunicando que ele não está bem. Se esse for o caso, observe outros comportamentos no seu felino anormais e leve-o ao veterinário o quanto antes. 
Além disso, um miado que é bastante particular em gatas não castradas , é o miado de quando elas estão no cio. Elas miam para comunicar os gatos machos que ela está no cio e, portanto, em época de reprodução. Esse miado é diferente dos demais, por ser prolongado e emitindo um som ligeiramente diferente do miado comum de um gato. Caso a sua gata seja castrada ela   Sendo assim, e como gatos em geral que não tendem a expressar muito o que estão sentindo, é importante prestar atenção no miado do gato como uma forma de te ajudar a entender melhor como seu gatinho se comunica.

O miado comum

O miado comum serve como uma forma do seu gato chamar atenção.  O gato mia para sinalizar algo como, por exemplo, que ele quer se alimentar ou que está vontade de brincar. Em alguns casos, gatos miam para receber atenção ou para serem pegos no colo.  Por conta dos vários significados do miado, é importante entender o contexto em que o seu gato se encontra para realmente entender o que ele está querendo te dizer.  

O miado alto

Similarmente com o grito de um ser humano, os miados altos dos gatos servem para chamar a atenção e normalmente, demandar algo.  Um gato miando alto do lado da porta, por exemplo, pode estar demandando sair. 
Quando esse miado for contínuo e prolongado, se aproximando de um grito felino, pode significar que o seu bichinho está com dor ou em perigo.  Em alguns casos, o seu gatinho pode dar um miado desses como forma de mostrar o seu descontentamento com uma situação, como por exemplo quando você quer dar um banho no gatinho . Nesses casos, evite dar muita atenção para o seu gatinho para evitar que ele use esse tipo de miado como forma de conseguir a sua atenção e outras coisas que ele quer.

                                         Texto: http://www.linkanimal.com.br

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

GESTAÇÃO NA VISÃO DO ESPIRITO

Nathalie Racz Dias


GESTAÇÃO NA VISÃO DO ESPÍRITO
O Espírito a ser incorporado a um feto, já muito antes do evento da concepção já está predestinado a sua missão no seio daquela família, muitas vezes ele sabe por instinto, por sua evolução, outras vezes não sabe e nem imagina qual será seu destino, isso depende muito do esclarecimento que seu espírito tem, também depende da necessidade de que ele tenha esta informação de maneira prévia por um bem que isso possa causar.
Esta informação nunca é dada ao espírito por simples curiosidade, mas sempre por motivos claros e muito importantes, motivos estes que vão ser benéficos a ele em sua nova passagem de volta.

PRIMEIRO MÊS

No primeiro mês o espírito já está ligado ao feto por um fio muito fino, sua consistência é pura energia, nesta hora ele começa a sentir um torpor, uma certa sonolência.
Ele ainda tem a consciência da vida espiritual mas já se sente deslocado, afastando-se.
Para pensar fica mais difícil, o fio que os une fica mais grosso, no final do primeiro mês ele já tem mais ou menos dois milímetros de diâmetro.
O espírito experimenta a confusão mental, seu corpo imaterial está se ligando firmemente a um corpo material que ainda não está totalmente formado.
Seu perispírito começa a tomar a forma de um feto em desenvolvimento, diminui de tamanho.
Nesta hora o espírito esta morrendo para o plano espiritual e nascendo para o plano material.
O contato da matéria espiritual e do feto causa um endurecimento na forma de pensar, fica valendo mais a dinâmica do pequeno cérebro que ali esta se formando.

SEGUNDO MÊS

Ainda com um mínimo de consciência o espírito procura um contato com seus futuros pais, tenta participar de sonhos durante a noite, tenta uma aproximação, tem vontade de se revelar e pedir a seus pais que o aceitem, sente ansiedade.
Sua espiritualidade, seu humor, seu bem estar está ligado a mãe, quando a mãe está nervosa, triste ou cansada, o feto mesmo com dois meses sente.
Além de sentir como sua mãe está ele já tem uma pré visualização do caráter e dos valores de vida de sua futura mãe, sabe do seu intimo, de seus pensamentos mais profundos.
Neste momento o pequeno cérebro do bebê ainda não está pronto para receber a personalidade que o espírito carrega consigo.
Mas ao mesmo tempo milhões de transmissores no cérebro, neurônios já vão se formando, pouco a pouco vão guardando e recebendo informações de sua nova personalidade.

TERCEIRO MÊS

O cordão que une o espírito ao feto já é mais grosso, na mesma espessura do cordão umbilical, só que de pura energia.
É uma energia fluídica, ela tem ação no plano espiritual, sua consistência é como a luz, foi gerada com o ato de uma nova vida, sua origem é o espaço, o Universo, é de Deus.
Este cordão liga o feto ao espírito serve como um elo de ligação, uma transmissão, nesta hora o espírito fica sempre próximo a mãe, ao seu lado.
Se a mãe tem problemas de aceitação da nova gestação, ou problemas de relacionamento com seu parceiro, ela envia energias ao feto sob a forma negativa, estas energias são perigosas e podem prejudicar o feto na formação.
O espírito sente nos mínimos detalhes os sentimentos da Mãe e do Pai com relação a sua aceitação.

QUARTO MÊS

Há esta hora o espírito que está ligado ao feto está completamente adormecido para vida espiritual.
Começa a ter uma vida intrauterina, ele brinca, se mexe, sua ação é como a de um bebê em formação, às vezes este período se dá no terceiro mês.
Suas lembranças de vidas passadas e da vida espiritual são transferidas ao perispírito, por sua vez ao corpo material, estas lembranças ficam no subconsciente adormecidas.
No pequeno cérebro fica gravado vagas lembranças, as coisas que o espírito sabe, que aprendeu de vidas passadas, suas experiências como tocar música, situações que marcaram muito, ficam guardadas, de forma que quando ele crescer vai ter mais facilidade ou aptidões ligadas a experiências do espírito.
Se em uma vida passada o espírito foi um músico, o bebê vai ter ao nascer as aptidões para música, se este espírito em uma vida passada faleceu de morte por afogamento, nesta nova vida ele vai ter um trauma natural pela água.

QUINTO MÊS

Neste mês o espírito já com seu perispírito anexado ao bebê pelo fato de haver a ligação de um cordão de energia entre os dois, faz com que o espírito seja atraído para junto de seu perispírito.
Nesta hora o espírito se incorpora de maneira definitiva ao bebê e começa a ter informações vindas do celebro com mais intensidade, carinhos que a mãe faz, vozes, barulhos, tudo isso vai ficando registrado.
O espírito do bebê que já está ali dentro da barriga da mãe, adormecido parcialmente, tem sua consciência do mundo material se instalando gradualmente, a consciência do plano espiritual já ficou guardada.
Usando os neurônios ainda em formação do bebê, ele tem no início dificuldades de raciocínio, nesta hora o espírito já está pensando como um bebê.

SEXTO MÊS

No sexto mês em diante o espírito já está completamente em nosso mundo, já reencarnado, daí para frente ele procura se adaptar ao novo corpo que lhe foi dado por Deus.
Seus pensamentos são inocentes, as energias estão renovadas e no plano positivo do mundo em que vivemos.
Dessa forma esta nova vida vai ter uma chance de recomeçar do zero em sua nova chance de vida.
O espírito troca a experiência pela inocência.
Com esta inocência, este recomeço lhe é dado a chance de resgatar seus antigos carmas de outras vidas, sem que sinta mágoa e nem ódio de ninguém, muitas vezes um adversário antigo no seu plano de reencarnações está bem próximo, em sua nova família.
Com isso mesmo um inimigo antigo acaba sendo nesta nova vida que está vindo, uma chance de uma reconciliação, uma chance de perdão.
Após um período de adaptação do espírito a plena consciência de que ele vai retornar a vida terrestre, após a ligação do feto com o espírito o pequeno celebro no bebê que está se formando recebe a morada definitiva do espírito.
A partir daí já estão formados os laços que o prenderão por toda a vida ao seu novo corpo, como o espírito ainda tem impressões de suas vidas passadas em seu intimo, ele demora um pouco a assimilar as novas genialidades que poderá adquirir com a nova encarnação.
Estas genialidades são o caráter de sua Mãe e seu Pai, as virtudes e sentimentos de alegria e tranquilidade, os novos valores que serão adquiridos na educação, o amor que sentirá mesmo estando ainda dentro do útero materno, tudo isto se somará a nova personalidade do espírito que virá a vida material.
uando existe a rejeição por parte da Mãe, falta também o vinculo no plano espiritual, sentimentos que são contrários a nova vida, geram energias que são negativas ao ambiente intrauterino.
As paredes da placenta recebem estas energias no lado externo, o cordão umbilical que liga a Mãe ao feto transmite estas energias, só que quando elas chegam ao feto são transformadas de imediato pela força da criação em energias boas.
Estas forças são imensas e protegem o feto, a gestação está acontecendo por desígnios de Deus e tem seus motivos que só são entendidos por Deus.
Ninguém neste mundo está autorizado a decidir se uma gestação vai ou não vai chegar ao fim, só em Deus existe o poder de decidir sobre a extinção ou a continuidade de uma nova vida.
Mesmo uma Mãe tendo milhões de motivos materiais e terrenos, como falta de emprego, falta de dinheiro para sustentar um filho, falta de um companheiro, mesmo nos mais pobres dos lares ou nos mais ricos, a ninguém é dado o direito de exterminar com uma vida.

SÉTIMO MÊS

No sétimo mês de gestação o celebro do bebê ainda em desenvolvimento final não está preparado para receber a consciência e a personalidade do seu espírito, estas funções ainda ficam como que adormecidas.
Também sente sua individualidade e seu modo de pensar adormecido, o bebê está restrito ainda aos primeiros instintos humanos, fome, dor, sono, alegria, tristeza, os movimentos do bebê são involuntários e sem coordenação motora.
A verdadeira personalidade que está estampada no intimo do espírito só aparece entre os seis e sete anos, isto porque primeiro ele precisa receber nos primeiros anos de vida a educação, o amor e o caráter de sua família.
O espírito tem ligeiros momentos de lucidez onde ele vê sua próxima encarnação e seus resgates de antigos carmas que ele precisa fazer, perdão que ele vai ter que conseguir de antigos relacionamentos de outras vidas.
Muitos espíritos ainda sem evolução espiritual se intimidam por saberem que sua nova vida vão ter que passar por momentos difíceis.
Outros que já tem um pouco mais de adiantamento espiritual, ajudam a sua próxima família a recebê-lo em sua nova jornada, costumam visitar sua nova Mãe e Pai em sonhos durante a noite.
A concepção de uma nova vida é abençoada por Deus, as dores e os sofrimentos de uma Mãe antes do parto são recompensadas a ela pelo amor que ela vai receber em seguida.
Este amor não é um amor comum, não é um amor de filho para Mãe, um amor espiritual que atravessa encarnações.

OITAVO MÊS

O espírito já inteiramente lúcido e ligado ao seu novo corpo já não pertence mais ao mundo espiritual.
A ansiedade toma conta de seu ser, tudo que ele deseja é que o parto seja breve e que tudo saia bem, ele escuta a voz de sua Mãe e seu Pai, sente o amor que vem dos dois.
Em sua mente já sabe que vai nascer para o mundo, em suas lembranças não sabe mais que está reencarnando, nem sabe sobre suas vidas passadas, um novo começo se abre em seu horizonte.

NONO MÊS

Nesta fase o espírito sabe que irá ter uma nova chance e vai começar do zero, até a sua inteligência e seu conhecimento ficaram adormecidos, sua aparência vai ser de um bebê com a inocência divina, um anjo que nasce, a doçura e a fragilidade nos cuidados só despertam os instintos de Mãe.
Esta é a contribuição de Deus para o mundo um dia ficar melhor, a cada momento nasce um anjo novo, uma nova vida.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

EU SOU ESPIRITA .






                                                                    Eu sou Espírita!

                                                                                                                  Por Fábio Ferreira

As pessoas ainda confundem Umbanda e Candomblé com Espiritismo, e até se referem a estas duas religiões como se fossem outras denominações da Doutrina Espírita. Porque isto acontece? Porque ainda associam o Espiritismo às religiões afro brasileiras? Quais as diferenças entre estas três Doutrinas, e quais os ensinamentos que cada uma delas têm para passar às outras?
È importante saber: O Espiritismo é único! Não há vertentes, não há divisões. Não há o modelo brasileiro de Espiritismo, nem o formato francês da religião. Não existe Espiritismo Kardecista, Espiritismo Umbandista, nem Espiritismo linha branca. Não existe Centro Espírita de mesa, Centro Espírita Vovó Joana, Centro Espírita Maria Padilha, Centro Espírita Caboclo das Sete Encruzilhadas. No Espiritismo não há rituais de iniciação, batismo e nem dogmas, não há hierarquia doutrinaria, culto a imagens e nem danças; Numa reunião espírita não há o uso de bebidas alcoólicas, cachimbos, incensos, velas, músicas afros e giras. Os médiuns espíritas não mantêm contato com os espíritos rodeados de cristais e nem de embaixo de pirâmides energizadas, não jogam tarô, baralho e nem búzios. No Espiritismo não há sacrifícios de animais, nem oferendas, nem o uso de talismãs, leitura de mãos, de sorte, trabalhos para amarrar marido, trazer a mulher amada de volta ou para passar no vestibular.

Não confunda,
Portanto se você associa alguma destas informações acima ao espiritismo, a Federação Espírita Brasileira (Casa Mater e referência sobre o espiritismo no Brasil), através dos milhares de centros espíritas espalhados pelo país, lhe convida ao estudo. É verdade que estas informações erradas estão sendo transmitidas a milhões de brasileiros, seja pela televisão e cinema (através de novelas e filmes, series e até pelos programas religiosos que insistem em se referirem aos cultos afro-brasileiros como espíritas), pelas revistas e jornais e através de anúncios em outdors e panfletos espalhados por todo o país, difundidos por adeptos de outras seitas que usam o termo espírita para identificar suas atividades.

Espiritismo – Doutrinas afro-brasileiras – Esoterismo
Esta confusão ocorre por falta de informação e por ignorância. Como a Umbanda e o Candomblé pregam a reencarnação, e se utilizam de praticas mediúnicas para estabelecer contato com os espíritos há a associação de que também sejam denominadas espíritas. Porém, estas são as únicas semelhanças entre as três religiões que apresentam culturas e práticas muito diferentes em seus cultos. Não é porque uma religião crê na vida após o desencarne, ou, porque seus adeptos mantenham práticas mediúnicas que possam, por conseguinte, serem denominadas Espiritismo. Os termos espiritismo, espírita e espiritista foram criados por Allan Kardec para se referir ao estudo e aos seguidores da Doutrina Espírita, revelada pelos espíritos. Portanto é chamado espírita o seguidor desta doutrina (Vide obras básicas da codificação). Se o religioso segue outras doutrinas espiritualistas não convém que se intitule espírita.

Importante esclarecer
A mediunidade é uma faculdade humana e não uma propriedade do Espiritismo; existe desde o inicio dos tempos e, membros de todas as religiões a definem de formas diferentes. No Brasil, considerado Pátria do Evangelho do Cristo, ganhou notoriedade através das mãos de grandes médiuns espíritas, como Ivone do Amaral Pereira, Peixotinho, Divaldo Pereira Franco e Chico Xavier. Atualmente o que se vê é uma banalização da pratica mediúnica. Médiuns que se aproveitam do seu dom mediúnico e o comercializam como se fosse uma faculdade que dependesse apenas de sua vontade; ou pessoas que se intitulam espíritas, e se dizem portadores de suposta mediunidade para promover trabalhos mediúnicos, remunerados. O espiritismo não apóia e não credencia ninguém a este tipo de serviço.

Kardecismo,
Esta confusão se iniciou ainda no século dezenove, quando os Cultos Afro-brasileiros sofriam de perseguição religiosa, embasado no preconceito e na intolerância religiosa. A constituição Brasileira de 1824 já estabelecia que a religião oficial do Estado era o Catolicismo. Visando fugirem destes ataques e num gesto desesperado para consolidar e propagar sua doutrina, grupos umbandistas passaram a se auto intitular espíritas, inclusive, com a chancela da Federação Espírita Brasileira (por breve período), passando a usar a alcunha de espírita umbandista. Mais recentemente, para diferenciarem-se dos grupos umbandistas que se intitulavam espíritas, adeptos do Espiritismo, insatisfeitos com a associação indevida entre as duas doutrinas passaram a se intitularem espíritas kardecistas, mostrando claramente que seguiam a doutrina codificada por Allan Kardec.

Espiritismo – Religião Cristã
A Doutrina Espírita se fundamenta nos ensinamentos transmitidos pelos espíritos de ordem superior a Allan Kardec; estes ensinamentos estão registrados nas obras básicas que compõem a codificação da Doutrina Espírita (vide Box fim da matéria). É uma doutrina cristã, pois se baseia no evangelho de Jesus e segue seus ensinamentos visando a reforma moral e o aperfeiçoamento espiritual do ser humano. Usar o termo kardecismo ou espírita kardecista (Fontes lexicográficas como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, o Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa e o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa aderem a expressão.) para se referir ao Espiritismo, não é exatamente um erro, mas redundância, uma vez que o Espiritismo é único e, não se baseia nos ensinamentos de um homem apenas. A doutrina é dos espíritos, foi enviada por eles através de suas comunicações, o que Kardec fez foi apenas transmiti-la ao mundo, assim como outros pensadores e médiuns também deram sua colaboração.

Recapitulando,
O Espiritismo é uma religião que foi criada de forma totalmente diferente das demais religiões conhecidas no planeta. Nasceu em abril de 1857 data do lançamento de O Livro dos Espíritos; veio da vontade de um grupo de homens desencarnados, que, vivendo no mundo espiritual, sentiram a necessidade de revelar aos encarnados, informações sobre a vida após a morte. Desejavam informar que a vida continuava após o enterro do corpo físico. E que o espírito que animou aquele corpo continuava vivo, podendo retornar a vida em outro corpo, e resgatar seus débitos e erros em nova oportunidade de existência física. O Espiritismo vem da França, codificado pelo pedagogo Hippolyte Leon Denizard Rivail, conhecido como Allan Kardec, nome que ele adotou para diferenciar a figura do professor francês da figura do pesquisador de fenômenos espirituais.

Brasileirinho
Mas, foi em terras tupiniquins, que o Espiritismo se transformou na grandiosa religião, que, hoje é destaque em todo o mundo. Aqui, ganhou status religioso diferente da forma como era visto na Europa, sua terra de origem. Se na França predominava o caráter filosófico, no Brasil, o caráter religioso, respaldado pela carência social, ganhou forças e se transformou na religião de amor, esclarecedora e racional, que levou conforto a inúmeras pessoas ansiosas por respostas esclarecedoras sobre a vida física e a vida espiritual. E foi justamente nesta busca por respostas críveis que o Espiritismo cumpre seu papel de ser uma doutrina filosófica, religiosa e cientifica. Foi no Brasil que grandes médiuns (Euripedes Barsanulfo, Peixotinho, José Arigó, Chico Xavier...), pesquisadores e pensadores (Bezerra de Menezes, Caibar Schutel, Anália Franco, José Herculano Pires...), puderam vivenciar o Espiritismo cientifico, mesmo enfrentando resistências daqueles que insistiam em afirmar que a ciência não aceitava o Espiritismo. Allan Kardec, pioneiro nos estudos e fenômenos espíritas, recebeu dos espíritos que, já previam este conflito, a seguinte orientação "Se algum dia a Ciência comprovar que a Doutrina Espírita está errada em algum ponto, cumpre ao espírita abandonar esse ponto equivocado e seguir a orientação da Ciência".

A beleza do Candomblé
Embora a Umbanda e o Candomblé acreditem na reencarnação e pratiquem o intercambio com o plano espiritual, não se pode afirmar que elas sejam doutrinas ligadas ao Espiritismo. Ambas são doutrinas que podem ser consideradas genuinamente brasileiras; criadas e codificadas no Brasil, tem simpatizantes nas principais religiões como o Espiritismo e o Catolicismo. O Candomblé cultua forcas e energias difíceis de serem compreendidas pelos espíritas. Suas praticas mediúnicas, com inspiração baseada nas religiões africanas são seculares e precedem o Espiritismo. É uma doutrina de entrega e compromisso.

O candomblecista (Adepto do Candomblé) em inúmeros momentos é mais disciplinado que o espírita, e apesar de a Doutrina Candomblecista não ter um estudo sistematizado com livros próprios, seguem com coerência os ensinos religiosos que são passados aos pais de santo e destes para os membros da casa. O candomblecista, assim como o espírita, crê na existência da vida após o desenlace do corpo físico (os desencarnados no Candomblé são chamados de Eguns), e veneram os orixás (divindades) que são cultuados durante as festas e o cumprimento de obrigações (oferendas). No Espiritismo não há veneração pelos espíritos e nem a divindades, mas sim um grande respeito por aqueles seres, cuja comunicação, demonstre se tratar de um espírito de ordem superior (espírito evoluído).
Para o Espiritismo qualquer espírito, senhor de suas ações, pode se comunicar (De alguma forma: psicografia, psicofônia, intuição, etc.) com um médium. No Candomblé é comum que os Orixás se expressem através do jogo de Ifá (oráculo).

A vez da Umbanda
A Umbanda, por sua vez, surgiu após o Espiritismo, no ano de 1908 através de um médium chamado Zélio Fernandino Moraes, com a orientação do espírito que se identificava como Caboclo das Sete Encruzilhadas em Niterói no estado do Rio de Janeiro. A Umbanda é uma doutrina espiritualista, que como o Espiritismo, acredita na sobrevivência do Espírito e na comunicação com o plano espiritual. Sua formação sofre influências da cultura religiosa brasileira como o Catolicismo, o Espiritismo e das seitas afro-brasileiras com destaque para o Candomblé. Seu fundador organizou uma doutrina pura e com conceitos próprios, diferenciando a nova religião do Candomblé e das outras seitas com inspiração afro existentes na época.

As divisões
Até a década de quarenta (século 20), as religiões que se declaravam com descendência africana ou, que mantinham alguma semelhança com estas seitas eram perseguidos pela policia. Tinham seus centros e terreiros fechados e seus responsáveis presos. A situação somente melhorou um pouco em 1945 através da persuasão e luta do dirigente de uma das sete casas de umbanda existentes na época (Todas elas fundadas com a orientação do Caboclo das Sete Encruzilhadas) o médium José Álvares Pessoa. Ele obteve junto ao Congresso Nacional a legalização dos cultos umbandistas. Com a perseguição da policia aos cultos afros, os grupos religiosos que não seguiam as regras do fundador da Doutrina Umbandista, passaram então, a se intitularem como membros legítimos da religião, objetivando fugir do cerco montado pela policia. Nesta esta época, a religião sofreu baixas e mudanças substanciais, fatos que alteraram sua essência e colaboraram para a divisão de pensamento e interpretação do conceitos da Umbanda.

Mesa branca
Assim como o Espiritismo, a Umbanda teve e tem seus momentos de perseguição e segregação, mas conseguiu vencer estes obstáculos, e hoje é uma das religiões mais importantes do país, mesmo não constando nos primeiros lugares nos índices de percentuais do IBGE. Como o Espiritismo foi aceito na sociedade católica antes da Umbanda, ele serviu de fuga para que grupos umbandistas não fossem tão marginalizados. Na prática a historia se repetiu. Como a Umbanda serviu de apoio para os grupos afros no passado, os umbandistas para se desviarem de perseguições e preconceitos passaram a se intitularem espíritas. Desta forma a confusão estava formada. Afinal quem é espírita e quem é umbandista? Atualmente os centros umbandistas estão empenhados em aprender, e se inspiram no espiritismo e inclusive usam suas obras básicas, mas as diferenças estão bem claras em suas crenças e cultos. Certamente, a Umbanda como uma religião recente, ainda sofrerá muitas mudanças e possivelmente o Espiritismo será um colaborador, assim como o Catolicismo e o Candomblé. Fica claro que a Umbanda e o candomblé são religiões brasileiras, tem uma historia própria que precisa ser contata e valorizada, escrita como aconteceu com o Espiritismo. Estas doutrinas podem andar com as próprias pernas, pois já não se confundem tanto com os preceitos espíritas.
Saiba Mais:
Revista Espírita - Jornal de Estudos Psicológicos – Allan Kardec- Edicel
Os Intelectuais e o Espiritismo - Ubiratan Machado - Edições Lachâtre
O Espiritismo e as Doutrinas Espiritualistas – Deolindo Amorin – FEB Editora
Espiritismo Básico - Pedro Franco Barbosa – FEB Editora
Grandes Espíritas do Brasil - Zeus wantuil – FEB Editora